6 de mar. de 2015

Assembléia Geral Extraordinária

Foi afixado ontem 05/03/2015, em local visível na sede do IPCN, o edital de convocação para a Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no sábado, 21 de março de 2015 – Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial – a partir das 14 horas.


EDITAL DE CONVOCAÇÃO     
ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
21 DE MARÇO DE 2015 NO IPCN A PARTIR DAS 14 HORAS

CONSIDERANDO O ENCERRAMENTO NO DIA 22/03/2015 DO MANDATO DA ATUAL DIRETORIA, JÁ PRORROGADO POR SEIS MESES EM FUNÇÃO DA FALTA DE INTERESSADOS EM PARTICIPAREM DE ELEIÇÕES QUE PERDURA ATÉ O MOMENTO.

Com base no Estatuto em vigor, Art. 13,§ 3º - “A assembléia Geral Extraordinária é aquela que será convocada quando determinadas condições que afetam a vida administrativa do instituto, assim exigir.” Art. 16 -  “A AGE, reunir-se-á:” a) “Por decisão do Presidente do Conselho Diretor ou da sua maioria, quando assim julgarem conveniente.” Art, 17 - A convocação da AGE, far-se-á com prazo de 15 dias de antecipação: 1- através de carta AP associado, ou 2- edital afixado na sede em Local visível, ou 3- publicação por edital, em pelo menos um jornal de grande circulação na capital do Estado, ou ainda, 4- outro meio de divulgação que o CD considerar mais conveniente. Art. 29 - a AG terá as seguintes atribuições. § 2º - No caso de destituição ou renuncia do CD, a AG em que tal fato ocorrer elegerá uma Diretoria provisória, nos termos do § único do Art. 45 quanto ao seu tempo de exercício ....”. Art 45 – No caso de renuncia coletiva ou destituição assumirá a direção pela ordem: a) sócios fundadores em número de 3, entre os de menor número de inscrição da lista de fundação.; b) os três sócios mais antigos....c) os três sócios mais idosos”. Art. 86 – Deveres dos sócios - b) Pagar a matrícula e as mensalidades, bem como saldar, dentro do prazo concedido, os débitos contraídos com o Instituto.” Art. 87 – Direitos do sócio - a) participar das AGs, apresentando prova de quitação de mensalidades sempre que lhe seja solicitado e votar e ser votado nos termos desse Estatuto.

O PRESIDENTE DO CONSELHO DIRETOR DO IPCN, EM FUNÇÃO DO QUADRO ACIMA, CONVOCA OS ASSOCIADOS EM DIA COM AS SUAS OBRIGAÇÕES, PARA PARTICIPAREM DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA NO DIA 21 DE MARÇO DE 2015, DATA ESTATUTARIAMENTE SOLENE EM FUNÇÃO DO DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL, NA SEDE DO IPCN A PARTIR DAS 14 HORAS EM PRIMEIRA CONVOCAÇÃO COM SEGUNDA PREVISTA PARA AS 15 HORAS.

Rio de janeiro, 06 de março de 2015

Benedito Sérgio de Almeida Alves
Presidente do Conselho Diretor

IPCN 40 ANOS


OS FUNDADORES!

Era o início do ano de 1975. Há algum tempo reuníamos no Teatro Opinião, localizado na Rua Siqueira Campos – Copacabana, gentilmente cedido por João das Neves por intermediação de Jorge Coutinho que, lá realizava  todas as segundas feiras as badaladas “Noitada de Samba”. O caminho até ali fora de muita superação, em parte pelo aspecto da clandestinidade e em parte pela falta de espaços para reuniões mais amplas, desde que as residências utilizadas tornaram-se insuficientes para crescimento tão inesperado, ampliado com a adesão de artistas da Rede Globo, inconformados com a formação do elenco para a novela Gabriela, quando a atriz Jacira Silva, fora “desconvidada” na última hora a favor de uma futura estrela da emissora, naquele momento uma mera estreante.

Foi assim que chegamos ao Teatro Opinião e continuamos a todo vapor, atraindo cada vez mais adesões de todas as áreas, inclusive dos organismos de segurança. Na área da música, OS TINCOÃES, recém chegados da Bahia para uma carreira de sucesso, do mundo do samba, Antonio Candeias Filho, com o qual firmamos uma parceria para fundação do GRANES Quilombo. Toda essa movimentação em local precursor dos shoppings atuais, logo provocaria a rejeição da classe média alta. Pressionados pela polícia e por militares lá residentes, sempre com o apoio irrestrito do proprietário João das Neves, passamos as reuniões para a parte inferior do Teatro de menor visibilidade - o Teatro Porão, mas mesmos no subsolo, éramos constantemente incomodados, tanto na rua, como por fortes murros na porta de ferro lateral.

Em 1975, já se passaram quase três anos de nossas primeiras reuniões, foi quando um erro infantil mudou o rumo da história. Nas reuniões aos sábados tínhamos decidido lançar um boletim para distribuir seletivamente. Logo na sua primeira edição, o responsável resolvera por conta própria, distribuir uma grande quantidade, no ensaio da sexta-feira na Mangueira.  Na reunião do dia seguinte vendo que podíamos ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional muitos resolveram abandonar a reunião, e antes que o caos destruísse todo o trabalho de anos, o Advogado Ives Mauro Silva da Costa, apresentou a solução de abrirmos mão da clandestinidade e oficializar o IPCN. Sua sugestão conseguiu manter um pouco menos da metade dos presentes  e retomar a serenidade dos trabalhos.  Tínhamos de elaborar, com urgência, um Estatuto, uma Ata de Fundação, eleger uma diretoria e registrar  tudo em Cartório.

Por fim, quarenta e oito dos que ainda permaneceram, aceitaram a proposta de assinar a Ata de fundação. Foram eles em ordem alfabética:

ALCEBÍADES GOMES BANDEIRA, ALMIR DA SILVA LIMA, ANA CLEA JEFFERSON FERNANDES, ANA MARIA DE OLIVEIRA, ARI DE ARAUJO VIANA, BENEDITO SÉRGIO DE ALMEIDA ALVES, CARLOS ALBERTO MEDEIROS, CARLOS AUGUSTO NEGREIROS FERREIRA, CARLOS MAGNO CELESTINO, EDÉSIO COSTA JUSTINO, EDSON PEREIRA BARBOSA XAVIER, GERALDO ROSA, GERSON FERREIRA JESUS FILHO, HELOISA CARVALHO DE CASTELHO, IRANI MAIA PEREIRA, ISAURA DE ASSIS, ITAMAR LINHARES FAGUNDES, IVAN DE ALMEIDA, JACIRA SILVA, JOSÉ MOREIRA PINTO DE CARVALHO, JORGE COUTINHO, JORGE MOURA, JORGE MOURA DE ARAUJO, JURANDY FORTUNATO DA SILVA, LUIZ ANTONIO DOS SANTOS, LURDES TELES LEITE, MARCIA MARIA DE SANTANA, MARIA BERNADETE PIRES, MARIA CATARINA DA SILVA, MARIA INES ALVES CORREA, MARIA HELENA DO NASCIMENTO BARBOSA, MILTON GONÇALVES, NEUSA SILVA, NEWTON BENTO DA SILVA, ORLANDO FERNANDES, PAULO ISIDIO COSTA, PEDRO ROSA FIGUEIREDO FERNANDES, RICARDO HENRIQUE NUNES DA ROCHA, ROBERTO DA SILVA CASAO, RUBEM DOS SANTOS, VANTOEN PEREIRA, VERA SALIM, WALDOMIRO CUSTÓDIO FILHO, WALMIR DULCETTI, WALTSON TAVARES BENEDITO FILHO e YEDO FERREIRA.

Na constituição da primeira diretoria teve-se a preocupação da construção de um arco de alianças, juntando-se aos dois grupos originais;  representantes dos demais grupos então reconhecidos:

Presidente: Benedito Sérgio de Almeida Alves, brasileiro, solteiro, engenheiro; Vice-Presidente Cultural: Milton Gonçalves, brasileiro, casado, ator; Vice-Presidente Administrativo: Paulo Roberto dos Santos, brasileiro, solteiro, professor; Vice Presidente de Finanças: Gerson Pereira de Jesus Filho, brasileiro, casado, ator; Vice-Presidente de Relações Públicas: Carlos Alberto Medeiros, brasileiro, solteiro, publicitário.

Deixaram de assinar a lista: IVES MAURO SILVA DA COSTA (para se manter como advogado), AILTON BENEDITO DE SOUZA (recusou por ser fichado e não querer prejudicar o andamento do processo) CEL. OCTAVIO NICOL DE ALMEIDA (por sua posição no governo) e alguns mais por decisão própria.

Ficou apalavrado entre todos que os que não puderam assinar como Ailton Benedito de Sousa seriam considerados fundadores, podendo assinar a ata após seu registro "em adendo". A partir de então tivemos um recesso de mais de quatro meses em nossas atividades públicas, aguardando que o registro fosse oficialmente efetivado no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas do Rio de Janeiro, o que só ocorreu no segundo semestre: 08/07/1975.